segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Consequências dos resíduos industriais nas águas dos rios.





Ao longo dos anos a necessidade da indústria foi aumentando, é através dela que a energia e bens são produzidos. Quanto mais uma indústria crescer, mais ela precisará de matéria-prima, como o ferro e água. E no processo da produção de seus bens uma grande quantidade de lixo é produzida e quem os gera são obrigados a cuidar do  seu destino final.
 O homem tem causado, desde a Revolução Industrial (segunda metade do século XVIII),  todo este prejuízo à natureza, através dos lixos, esgotos, dejetos químicos industriais e mineração sem controle. Em função destes problemas, os governos com consciência ecológica, tem motivado a exploração racional de aquíferos (grandes reservas de água doce subterrâneas). Na América do Sul, temos o Aquífero Guarani, um dos maiores do mundo e ainda pouco utilizado.Grande parte das águas deste aquífero situa-se em subsolo brasileiro (região sul).
Exemplos de resíduos produzidos pelas indústrias são resíduos químicos, carvão mineral, fumaça lançada pela chaminé da fábrica. Cada indústria deve tratar o lixo produzido de uma forma adequada, por exemplo as alimentícias podem vender às fábricas de ração animal; metalúrgicas e de plásticos vendem para ser reciclado por outras empresas, entre outros. Porém, quando não é tratado dessa forma o lixo vai parar em rios ou são queimados. 
 No resíduo industrial estão incluídos os produtos químicos, metais, solventes químicos que podem ameaçar a saúde do ambiente e dos seres que nele vivem.  Os resíduos sólidos, geralmente são amontoados e enterrados, os gases são lançados no ar e os líquidos são despejados em rios e mares
 O consumo habitual de água e alimentos - como peixes de água doce ou do mar - contaminados com metais pesados coloca em risco a saúde. As populações que moram em torno das fábricas de baterias artesanais, indústrias de cloro-soda que utilizam mercúrio, indústrias navais, siderúrgicas e metalúrgicas, correm risco de serem contaminadas.
 Uma consequência grave causada pelos resíduos industriais é que quando absorvidos pelo ser humano, os metais pesados se depositam no tecido ósseo e gorduroso e deslocam minerais nobres dos ossos e músculos para a circulação, o que pode provocar doenças.
 Um exemplo ocorreu no Japão em 1956 em Minamata, mais de 900 pessoas morreram com dores severas devido a um envenenamento. Uma pesquisa realizada indicou que cerca de dois milhões de pessoas podem ter sido afetadas por comer peixe contaminado. Foi reconhecido que 2.955 pessoas sofreram da doença de Minamata, que é uma síndrome neurológica causada por severos sintomas de envenenamento por mercúrio.
 O lançamento desses resíduos nas águas constitui um problema ecológico. Substâncias poluentes, como detergente, ácido sulfúrico e amônia, envenenam os rios onde são lançados, causando a morte de muitas espécies da comunidade aquática, além disso há chances de contaminação do ser humano que se alimentar de espécies contaminadas.
 Há o Tratamento de Efluentes Industriais que abrange os mecanismos e processos utilizados para o tratamento de águas que foram contaminadas por indústrias. Geralmente os efluentes possuem altas concentrações de poluentes convencionais como óleo ou graxa, poluentes tóxicos, como por exemplo, metais pesados, compostos orgânicos voláteis, ou outros poluentes, como amónia, precisam de tratamento especializado. Algumas destas instalações pode instalar um pré-tratamento para eliminar o sistema de componentes tóxicos e, em seguida, enviar os efluentes pré-tratados para o sistema municipal.
 Mas não se sabe como lidar muito bem com o lixo industrial com segurança e espera-se que o ambiente absorva as substâncias tóxicas. Porém, essa não é uma solução segura para o problema. Muitos metais e produtos químicos não são naturais, nem biodegradáveis. Em conseqüência, quanto mais se enterram os resíduos, mais os ciclos naturais são ameaçados, e o ambiente se torna poluído. Desde os anos 50, os resíduos químicos e tóxicos têm causado desastres cada vez mais freqüentes e sérios.
 Atualmente, há mais de 7 milhões de produtos químicos conhecidos, e a cada ano outros milhares são descobertos. Isso dificulta, cada vez mais, o tratamento efetivo do resíduo.
 A poluição de águas nos países ricos é resultado da maneira como a sociedade consumista está organizada para produzir e desfrutar de sua riqueza, progresso material e bem-estar. Já nos países pobres, a poluição é resultado da pobreza e da ausência de educação de seus habitantes, que, assim, não têm base para exigir os seus direitos de cidadãos, o que só tende a prejudicá-los, pois esta omissão na reivindicação de seus direitos leva à impunidade às indústrias, que poluem cada vez mais, e aos governantes, que também se aproveitam da ausência da educação do povo e, em geral, fecham os olhos para a questão, como se tal poluição não atingisse também a eles. A Educação Ambiental vem justamente resgatar a cidadania para que o povo tome consciência da necessidade da preservação do meio ambiente, que influi diretamente na manutenção da sua qualidade de vida.

Gráficos e estastísticas do consumo de água mundial




3 - CONSUMO DE ÁGUA PERCAPITA DE ÁGUA EM ALGUMAS
CIDADES, REGIÕES E PAÍSES.
O consumo de água percapita varia de país para país e de lugar para lugar. 
alguns exemplos abaixo:  
Tabela – 1: O consumo de água percapita em algumas cidades, regiões e países. 
Cidades ,Regioes e Paises
Consumo
Litros /pessoa /dia
Australia
270
Canada
300
Escocia
410
EUA /Canada
300
Brasil Rj
140
Brasil Mg
124
Brasil DF
225
Brasil Norte
140
Berlim/Alemanha
165
Inglaterra
141
Suiça
159
Denver /EUA
200
Holanda
135

Na tabela acima observamos que o consumo é significantemente maior nos países desenvolvidos quando comprados ao Brasil. No Brasil o maior consumo percapta é maior no Distrito Federal que é ainda 33% menor que o consumo médio do Canadá.














terça-feira, 6 de setembro de 2011

Conclusão


Atualmente,diversos cientistas e especialistas ambientais vem dizendo que devemos tomar serias decisões quando nos falamos sobre a água,por mais que algumas pessoas digam que a água não irá acabar,os fatos do cotidiano mostram ao contrário. As estatísticas deixam claro que em alguns países a escassez de água está se tornando cada vez mais comum. Algumas atitudes como não jogar o pela pia da cozinha,deixa de poluir mais de mil litros de água pura para o consumo,na qual,uma colher de óleo pode contaminar até dez litros. O tratamento de água e esgoto deveria ser um assunto para ser discutido muito tempo atrás,mas,só podemos perceber que somente  agora o poder público está tomando alguma providência à respeito. Uma das alternativas que é considerada sustentável para produzir energia elétrica é a partir das usinas hidrelétricas que produzem energia com a queda da água. Não há como pensar em viver sem esse líquido precioso não poderá existir vida na Terra,cada gota de água que economizamos hoje será um litro de água amanhã. 

Felipe Kenji nº15

   Desde muito tempo somos alertados sobre a situação da água potável do planeta, por não termos nos importado tanto com isso, atualmente a água potável vem se encontrando em um estado cada vez pior para nós.
   Poucos adotam medidas de consumo sustentável da água, enquanto muitos (principalmente indústrias) não possuem métodos adequados de consumo da água e de descarte de elementos que podem contaminá-la.
   A água pode até mesmo ser um recurso interminável, porém NÃO a água potável. Então devemos tomar medidas urgentes para salvar o pouco que resta da água potável no planeta, para evitar futuros conflitos por água, escassez de água em gerações futuras, entre outros problemas.

Alef G. P. Nº01



O Brasil tem a maior reserva de água potável do Mundo, no entanto o brasileiro não é o povo que mais consume e desperdiça água. A países como exemplo o Canadá que consume 33% a mais que o Brasil, e não tem uma reserva de água capaz de suportar esse consumo crescente. No entanto a população mundial tem aprendido a ter uma conciencia para o consumo de água de forma conciente, sem que haja desperdicio.

Beatriz Vital   N°6

Sabemos que a água é uma das coisas mais importantes em nossas vidas,
mas infelizmente nem todo mundo leva isso a sério.
O desperdício de água cresce a cada dia, o que poderá provocar uma serie de problemas não só a nós, mas principalmente ao meio ambiente.
Sendo assim deixar de desperdiçar água é um fator muito benéfico e essencial a nossas vidas.
Hoje em dia os principais culpados pelos rios poluídos são as industrias, a maioria das empresas despejam seus residuos nos rios, sem se preoucupar se estão ou não contaminando as águas.
Em 1956 no japão uma industria despejou seus residuos em um rio e acabou contaminando as águas, peixes e outros animais que viviam nele, deixando assim dois milhões de pessoas afetadas por comer peixe contaminado. E 2.955 pessoas sofreram da doença de Minamata, que é uma síndrome neurológica causada por severos sintomas de envenenamento por mercúrio.
Mas não só as empresas são responsáveis por isso, nós também somos. A maioria das pessoas jogam lixo nos rios, residuos de óleo pelo ralo da cozinha e isso afeta os lençóis de água.
Há diversas formas a serem tomadas para o bom uso da água, um deles é o tratamento de esgoto. Ele é realizado para remover o material sólido, exterminar alguns microorganismos e reduzir substâncias químicas inapropriadas.
A água também nos traz energia elétrica que vem das usinas hidrelétricas, e quando ela é obtida através da água, do vento ou do sol torna-se uma energia pura pois quase não contém poluentes.
Portanto devemos nos concientizar e começar a cuidar do nosso bem mais precioso que é água antes que seja tarde demais.

Gabriella Martins Dias Nº 19


Concluímos que 70% do planeta terra ,é de água ,porem , 2% são de água potável,muitas pessoas não estão levando a serio ,ou está começando a entender agora ,o que seria muito tarde porem ,não tarde demais ,um assunto que seria primordial para sobrevivência na terra ,não foi levado em consideração por muito tempo .
Muitos países principalmente a Europa ,já estão passando por escassez de água ,tendo que economiza rigorosamente ,pois ,se abusa não terá para o amanha .O Brasil é um pais privilegiado pois tem o maior aqüífero do mundo ,o aqüífero Guarani ,pouco utilizado ainda ,então temos quer rever essa questão e aprender com o erro dos outros ,não precisamos passar por necessidades ,para aprender a solução ,podemos começar ,devemos ,já deveríamos ter feito ,um uso mas consciente da água em nosso pais,economizando tratando esgotos não poluindo rios ,não jogando produtos químicos que podem contaminar, reutilizando a água de chuva ,pois se nós não precisamos agora usar tanto o aqüífero Guarani, se cuidarmos bem de nossas nascentes ,não poluindo, sendo inteligentes no aspecto de reutilizar a água sem desperdiçar, teremos ela para sempre pois preservando a água conseqüentemente preservaremos a vida .
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Danilo Ramos    N°12

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Uso e presevação da água

O uso da água

Desperdício é aquela ação pela qual se usa mal, se desaproveita ou se perde uma coisa. Portanto, quando nos referimos ao desperdício da água estamos indicando um conjunto de ações e processos pelos quais os seres humanos usamos mal a água, a desaproveitamos ou a perdemos.
Quando as pessoas desperdiçam algo, negam não só seu valor, mas também expressam uma falta de visão do futuro, já que não estamos conservando o que vamos necessitar para viver. Portanto, desperdiçar água indica falta de clareza sobre a importância fundamental deste valioso recurso para nossa sobrevivência.
O desperdício é ainda mais grave se for considerado que a água não é um bem ilimitado e sua perda pode nos levar a situações críticas de escassez. Devemos lutar contra a escassez e eliminar as situações de desperdício.
Falta d'água é o símbolo do flagelo da região Nordeste.

As três categorias correntes de uso de água doce representam as seguintes porcentagens de consumo, com respeito às extrações anuais de água:

  • Uso agrícola = 69%
  • Uso industrial = 23%
  • Uso doméstico = 8%
Consumo doméstico



Preservação da água

Não é nenhuma novidade para nós que a água do planeta está correndo um sério risco.
Os diversos fatores, protagonistas para esse problema foram executados por quem mais deveria protegê-lo: O homem. Os desperdícios, a poluição dos rios, as agressões à camada de ozônio vêem destruindo o recurso mais importante para a nossa sobrevivência. Tais agressões foram de efeito tão negativo que para consertar levaria o dobro do tempo gasto no processo de destruição.
Mas, nem tudo está perdido. A solução que nos resta é a que deveria ter sido seguida desde as primeiras civilizações: A preservação. A responsabilidade é de todos nós seres humanos promover um ambiente equilibrado e assegurar uma vida saudável no meio em que vivemos.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A água como Bem Econômico

                  A Água como Bem Econômico

A água como bem econômico é passível de cobrança. Ao colocar preço na água, acredita-se que haja uma restrição em sua quantidade. Um aumento no consumo de água pode ser controlado pelo valor econômico de sua utilização, e uma maior eficiência no uso desse recurso escasso pode ser obtida por meio do uso de instrumentos econômicos (Moura, 2000).
Já a ideia de que a cobrança sobre a utilização atua como incentivo econômico ao uso disciplinado dos recursos hídricos. Os instrumentos regulatórios são insuficientes para sustar a degradação da natureza. Por essa razão, em vários países surgiu a necessidade de complementar o enfoque normativo como o emprego de instrumentos econômicos (Moura, 2000).
Em 1972, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), adotou o princípio poluidor-pagador como base para o estabelecimento de políticas ambientais nos países membros. Instituiu-se a obrigatoriedade de pagamento, tanto para quem estiver retirando uma determinada quantidade de água dos mananciais quanto para quem estiver realizando a emissão de efluentes nos cursos d’água. Este princípio é base para o enfoque econômico da política ambiental. Entretanto, fazer valer o princípio “poluidor-pagador”, aplicando instrumentos econômicos, em especial, as taxas ambientais no processo de decisão do agente agressor do meio ambiente. A ideia de se implantar uma lei para cobrança do tipo poluidor-pagador e usuário-pagador é mais um instrumento de gestão que de arrecadação (Afonso, 2003).
O conceito de que “a água é grátis” está profundamente enraizado na cultura de alguns

países. Não se costuma imaginar o trabalho e o custo agregado, captação e distribuição, quando se abre a torneira de casa e dela verte água (Afonso, 2003).
A inclusão de preocupações de eficiência econômica deve ser realizada numa perspectiva social, considerando todos os indivíduos da sociedade. Por outro lado, deve-se ao fato da água ser um recurso fundamental para a manutenção da integridade dos ecossistemas, para que o seu valor não se esgote nas utilizações humanas.






 
                      A Cobrança: O Princípio Poluidor Pagador e Usuário Pagador

O princípio poluidor-pagador (PPP) foi adotado em 1972, pelos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Esse princípio estabelece que ao poluir, deve-se imputar os custos necessários à prevenção e ao combate à poluição, para manter o meio ambiente em estado aceitável. Ao estabelecer responsabilidade do poluidor decorre do extremo valor que se dá ao meio ambiente dando o custo social da poluição por ele gerada, enquadrando a responsabilidade por dano ecológico abrangente dos efeitos da poluição (Word Bank, 2004).
Esse princípio é aquele que impõe ao poluidor o dever de arcar com as despesas de prevenção, reparação e repressão da poluição, ou seja, estabelece que o causador da poluição e da degradação dos recursos naturais deve ser o responsável principal pelas conseqüências de ação ou omissão.
O estabelecimento de um preço para a utilização do meio receptor em sua capacidade assimilativa de resíduos força os agentes poluidores a uma moderação no uso, racionando o recurso ambiental entre as diversas utilizações ao mesmo tempo em que possibilita assegurar o seu uso sustentável em longo prazo (Granziera, 2000).
O princípio do “usuário-pagador” (PUP) é de formulação mais recente. Nele, os usuários de recursos naturais devem estar sujeitos à aplicação de instrumentos econômicos para que o uso e o aproveitamento desses recursos se processem em beneficio da coletividade. O usuário pagador abre a possibilidade de cobrança por todas as formas de uso e aproveitamento da água, sem questionar se essa cobrança é necessária ou desejável (Santos, 2003).
A cobrança tem três finalidades básicas: a primeira, didática, reconhecer o valor econômico da água. A segunda é incentivar a racionalização, por uma questão lógica: pelo fato de se pagar, se gasta menos e buscam-se tecnológicas que propiciam a economia. Por último financiar todos os programas que estiverem contidos no plano, ou seja, um instrumento de financiamento da recuperação ambiental dos recursos (Granziera, 2000).
As forças da oferta e demanda são importantes, pois determinam os preços de muitos mercados. Para chegar a determinação do preço do recurso é necessário, primeiramente, estimar a demanda e a oferta do recurso. Para determinar o preço da água, precisa-se estimar a demanda de quanto os usuários estão dispostos a pagar pelo uso da água. Para isso é necessário identificar o valor do uso e o valor referente à manutenção dos recursos para as próximas gerações.
No primeiro grupo incluem-se os valores de uso direto (produção agrícola, industrial e energéticas), e outros benefícios relacionados às funções ecológicas (controle de enchentes, armazenagem, diversidade ecológica, entre outros). No segundo grupo incluem-se os valores atribuídos pela população em função dos benefícios concedidos às próximas gerações e a usos futuros para o recurso em questão. Por outro lado, a oferta descreve a relação entre as diversas possibilidades de produção e venda de água com os preços recebidos para a manutenção desses serviços.
A estimativa da função de demanda por água já vem sendo estudada e os objetivos de se conhecer a curva de demanda por água são (Santos, 2003):
• Conhecer as variáveis que determinam a quantidade demandada;
• Estimar a elasticidade - preço e renda da demanda;
• Estudar o efeito que diferentes estruturas de tarefa possam ter sobre a receita e sobre a quantidade consumida de água; e
• Fazer a projeção da quantidade de água a fim de dimensionar as necessidades.

A    elasticidade-preço e elasticidade-renda, são parâmetros conhecidos dos setores de prestação de serviços de saneamento básico. Eles são importantes na definição dos preços a serem cobrados pelo serviço de abastecimento de água, inclusive na definição dos diferenciais tarifários em função do nível social dos consumidores.
A elasticidade-renda mede-se a variação na quantidade demandada em função de uma alteração na renda sendo útil para verificar o grau de consumo de água de acordo com o nível de renda do consumidor, e com a elasticidade-preço mede-se a variação proporcional na quantidade demandada em função de uma variação proporcional no preço. E a elasticidade-preço refere-se a cogitações sobre o quanto o consumidor estaria disposto a alterar seu consumo de água caso houvesse uma alteração no preço.
Quando for relacionada à racionalização do uso da água, a elasticidade-preço possibilitará estimar a redução do uso. Na maioria dos casos propõe-se que o usuário industrial seja mais onerado, o residencial com valores intermediários e o agrícola o menos cobrado, pois o aumento no preço sobre
a atividade agrícola é possível o encarecimento do custo de vida impactando na inflação (Santos, 2003).




              A Questão da Cobrança da Água no Brasil

O presente estudo buscou analisar a situação da água no Brasil, onde se pode constatar que a gestão dos recursos hídricos deve ser elaborada considerando-se que necessita ser sistemática e sem dissociação dos aspectos de quantidade e qualidade. A constatação da escassez e a degradação da qualidade trouxeram a certeza de que a água é um bem vulnerável e finito, o que a transforma em recurso com valor econômico.
Quanto ao fator suprimento, torna-se cada vez mais difícil conseguir novas fontes de água para o consumo humano, pois à medida que a população apresenta maiores índices de crescimento e o recurso passa a ser mais escasso, gera-se perda de rendas pela sociedade como um todo, ou seja, perda de bem-estar social.
Quanto à forma de se estabelecer a tarifação e os valores que devem ser cobrados, podem-se utilizar os conceitos econômicos de elasticidade-preço e elasticidade-renda. A elasticidade-preço que se refere a cogitações sobre quanto o consumidor estaria disposto a modificar o seu consumo de água caso houvesse uma alteração no preço, é um interessante conceito para subsidiar os valores a serem definidos para a cobrança pelo uso da água.
A elasticidade-renda, que busca medir como a quantidade demandada pelos consumidores altera-se em função da renda destes, por sua vez, pode servir como base para o estabelecimento de critérios diferenciados de tarifação, conforme o comportamento das diferentes classes sociais.



                                   Conclusão


Conclui-se, que as perspectivas para a gestão da água potável no Brasil são preocupantes, uma vez que o crescimento demográfico e a expansão urbana desordenada vêm atingindo índices muito superiores às possibilidades de utilização das fontes de abastecimento.
Portanto, as tarifas deste recurso natural é uma maneira de reduzir seu consumo, porém, se administrada de maneira incorreta pode ocasionar a exclusão de grande parte da população de menor poder aquisitivo ao acesso a água, o que é contrário a um dos objetivos básicos do Governo que é a inclusão social.
E, para que o problema da escassez seja minimizado, deve ocorrer a união de esforços de todos os agentes envolvidos na questão, cabendo, portanto, à população concientizar-se sobre o problema, consumindo a quantidade efetivamente necessária. Às empresas cabe a adoção de tecnologia capazes de reduzir a demanda e o despejo de efluentes nos corpos hídricos. Ao governo, resta a aplicação da legislação existente através da fiscalização do uso de corpos hídricos diminuindo sua degradação e a atuação no processo de educação ambiental.

sábado, 27 de agosto de 2011

Tratamento de Esgoto

     Esgoto, efluente ou águas servidas são todos os resíduos líquidos provenientes de indústrias e domicílios e que necessitam de tratamento adequado para que sejam removidas as impurezas e assim possam ser devolvidos à natureza sem causar danos ambientais e à saúde humana.
     Geralmente a própria natureza possui a capacidade de decompor a matéria orgânica presente nos rios, lagos e no mar. No entanto, no caso dos efluentes essa matéria é em grande quantidade exigindo um tratamento mais eficaz em uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) que, basicamente, reproduz a ação da natureza de maneira mais rápida.
     É importante destacar que o tratamento dos efluentes pode variar muito dependendo do tipo de efluente tratado e da classificação do corpo de água que irá receber esse efluente, de acordo com a Resolução CONAMA 20/86. Quanto ao tipo, o esgoto industrial costuma ser mais difícil e caro de tratar devido à grande quantidade de produtos químicos presentes.
     Quanto à classificação, o efluente deve ser devolvido ao rio tão limpo ou mais limpo do ele próprio, de forma que não altere suas características físicas, químicas e biológicas. Em alguns casos, como por exemplo, quando a bacia hidrográfica está classificada como sendo de classe especial, nenhum tipo de efluente pode ser jogado ali, mesmo que tratado. Isso porque esse tipo de classe se refere aos corpos de água usados para abastecimento.
     Pode-se então, separar o tratamento de esgoto domiciliar em 4 níveis básicos: nível preliminar, tratamento primário e tratamento secundário que tem quase a mesma função, e tratamento terciário ou pós-tratamento. Cada um deles têm, respectivamente, o objetivo de remover os sólidos suspensos (lixo, areia), remover os sólidos dissolvidos, a matéria orgânica, e os nutrientes e organismos patogênicos (causadores de doenças).
     No nível preliminar são utilizadas grades, peneiras ou caixas de areia para reter os resíduos maiores e impedir que haja danos as próximas unidades de tratamento, ou até mesmo, para facilitar o transporte do efluente.
     No tratamento primário são sedimentados (decantação) os sólidos em suspensão que vão se acumulando no fundo do decantador formando o lodo primário que depois é retirado para dar continuidade ao processo.
     Em seguida, no tratamento secundário, os microorganismos irão se alimentar da matéria orgânica convertendo-a em gás carbônico e água. E no terceiro e último processo, também chamado de fase de pós-tratamento, são removidos os poluentes específicos como os micronutrientes (nitrogênio, fósforo…) e patogênicos (bactérias, fungos). Isso quando se deseja que o efluente tenha qualidade superior, ou quando o tratamento não atingiu a qualidade desejada.
     Quando se trata de efluentes industriais a própria empresa que faz o tratamento de esgoto exige que a indústria monitore a qualidade dos efluentes mandados para e estação. No caso de haver substâncias muito tóxicas ou que não podem ser removidas pelo tratamento oferecido pela ETE, a indústria é obrigada a construir a sua própria ETE para tratar seu próprio efluente.

Esquema de uma ETE
 Estação de Tratamento de Esgoto nos EUA

Tratamento da Água

     A construção de um sistema completo de abastecimento de água requer muitos estudos e pessoal altamente especializado.
     Para iniciarem-se os trabalhos, é necessário definir-se:
     • A população a ser abastecida;
     • A taxa de crescimento da cidade;
     • Suas necessidades industriais.
    Com base nessas informações, o sistema é projetado para servir à comunidade, durante muitos anos, com a quantidade suficiente de água tratada.
     Um sistema convencional de abastecimento de água é constituído das seguintes unidades:
     • captação
     • adução
     • estação de tratamento (ETA)
     • reservação
     • redes de distribuição
     • ligações domiciliares.

     A seleção da fonte abastecedora de água é processo importante na construção de um sistema de abastecimento.
     Deve-se, por isso, procurar um manancial com vazão capaz de proporcionar perfeito abastecimento à comunidade, além de ser de grande importância a localização da fonte, a topografia da região e a presença de possíveis focos de contaminação.

     A captação pode ser superficial ou subterrânea.
     A superficial é feita nos rios, lagos ou represas, por gravidade ou bombeamento.
Se por bombeamento, uma casa de máquinas é construída junto à captação.
Essa casa contém conjuntos de motobombas que sugam a água do manancial e a enviam para a estação de tratamento.
     A subterrânea é efetuada através de poços artesianos,  perfurações com 50 a 100 metros feitas no terreno para captar a água dos lençóis subterrâneos.
Essa água também é sugada por motobombas instaladas perto do lençol d’água e enviada à superfície por tubulações.
     A água dos poços artesianos está, em sua quase totalidade,  isenta de contaminação por bactérias e vírus, além de não apresentar turbidez.

            Tratamento da água de captação superficial

     É composto pelas seguintes fases:

Oxidação
     O primeiro passo é oxidar os metais presentes na água, principalmente o ferro e o manganês, que normalmente se apresentam dissolvidos na água bruta. Para isso, injeta-se cloro ou produto similar, pois tornam os metais insolúveis na água, permitindo, assim, a sua remoção nas outras etapas de tratamento.

Coagulação
     A remoção das partículas de sujeira se inicia no tanque de mistura rápida com a dosagem de sulfato de alumínio ou cloreto férrico. Estes coagulantes, têm o poder de aglomerar a sujeira, formando flocos. Para otimizar o processo adiciona-se cal, o que mantém o pH da água no nível adequado.

Floculação
     Na floculação, a água já coagulada movimenta-se de tal forma dentro dos tanques que os flocos misturam-se, ganhando peso, volume e consistência.

Decantação
     Na decantação, os flocos formados anteriormente separam-se da água, sedimentando-se, no fundo dos tanques.

Filtração
     A água ainda contém impurezas que não foram sedimentadas no processo de decantação.
     Por isso, ela precisa passar por filtros constituídos por camadas de areia ou areia e antracito suportadas por cascalho de diversos tamanhos que retêm a sujeira ainda restante.

Desinfecção
     A água já está limpa quando chega a esta etapa. Mas ela recebe ainda mais uma substância: o cloro.
     Este elimina os germes nocivos à saúde, garantindo também a qualidade da água nas redes de distribuição e nos reservatórios.

Correção de pH
     Para proteger as canalizações das redes e das casas contra corrosão ou incrustação, a água recebe uma dosagem de cal, que corrige seu pH.

Fluoretação
     Finalmente a água é fluoretada, em atendimento à Portaria do Ministério da Saúde.
     Consiste na aplicação de uma dosagem de composto de flúor  (ácido fluossilícico).
     Reduz a incidência da cárie dentária, especialmente no período de formação dos dentes, que vai da gestação até a idade de 15 anos.

            Tratamento da água de captação subterrânea

     A água captada através de poços profundos, na maioria das vezes, não precisa ser tratada, bastando apenas a desinfecção com cloro. Isso ocorre porque, nesse caso, a água não apresenta qualquer turbidez, eliminando as outras fases que são necessárias ao tratamento das águas superficiais.
     Reservação
A água é armazenada em reservatórios, com duas finalidades:
     • manter a regularidade do abastecimento, mesmo quando é necessário paralisar a produção para manutenção em qualquer uma das unidades do sistema;
     • atender às demandas extraordinárias, como as que ocorrem nos períodos de calor intenso ou quando, durante o dia, usa-se muita água ao mesmo tempo (na hora do almoço, por exemplo).
     Quanto à sua posição em relação ao solo, os reservatórios são classificados em subterrâneos  (enterrados), apoiados e elevados.

     Redes de distribuição
     Para chegar às casas, a água passa por vários canos enterrados sob a pavimentação das ruas da cidade. Essas canalizações são chamadas redes de distribuição.
     Para que uma rede de distribuição possa funcionar perfeitamente, é necessário haver pressão satisfatória em todos os seus pontos. Onde existe menor pressão, instalam-se bombas, chamadas boosters, cujo objetivo é bombear a água para locais mais altos.
     Muitas vezes, é preciso construir estações elevatórias de água, equipadas com bombas de maior capacidade. Nos trechos de redes com pressão em excesso, são instaladas válvulas redutoras.

     Ligações domiciliares
     A ligação domiciliar é uma instalação que une a rede de distribuição à rede interna de cada residência, loja ou indústria, fazendo a água chegar às torneiras.
     Para controlar, medir e registrar a quantidade de água consumida em cada imóvel instala-se um hidrômetro junto à ligação.
     A tarifa mínima da COPASA dá direito a um consumo residencial de 6.000 litros de água por mês.
     Ultrapassar esse limite, a conta de água é calculada sobre a quantidade de litros que foi consumida e registrada pelo hidrômetro.


Esquemas do funcionamento de uma ETA

ETA Guaraú